É
interessante, ao mesmo tempo melancólico, passar noites sozinho. Estranho olhar
para o lado e ver a cama vazia. A Gente desacostuma-se a viver sozinho, não
deixa de ser engraçado pois, a maior parte da vida vivi sozinho. Quando a gente
se acostuma a conviver, mesmo com falhas, defeitos, egoísmo, distrações, porém,
doses exageradas de amor, com outra pessoa, não nos damos conta das coisas que
fazemos. Era pra ser um espelho, muita embora com imagens cruzadas, e não auto
refletidas de mim mesmo. É tolice achar que somos donos da verdade, do mundo,
das nossas vontades. A vida a dois é compartilhar, guardar, respeitar,
congraçar, abrir concessões, gerir conflitos e amadurecer.
Naturalmente,
a natureza de cada um emperra, todavia, existem caminhos para mudar. Muito
embora, há uma dose de rabugice infinita, em cada um de nós, manifestada de
maneira única e peculiar. Não gostamos, ou tememos, ou buscamos com cautela, ou
“será que vale a pena”? que permeia nossos pensamentos. Inercia, irmã de toda
passividade e armadilha do cotidiano (uma merda). Mas quando dar o primeiro
passo? O que fazer? Te, um ditado antigo que diz “Ou se muda pelo amor, ou pela
dor? Mas por que? Mudar dizem, é atitude. Um caminho diferente a seguir, ao
invés de seguir por uma linha reta, virar uma curva. Subir uma ladeira e descer
desgovernado. Mas como lidar com a dor da queda? Mudar é aprender com a perda
de algo ou alguém importante? Ocasiona muitas consequências não termos a
habilidade de enxergar nossas falhas demasiadas. Humano, demasiado humano,
origem das nossas falhas e vicissitudes. Não tem definição exata para as
“burradas homéricas” que cometemos diariamente. As pessoas tem sentimento,
caber a cada um, ser espelhos múltiplos de nossas ações. Vai doer, magoar, fazer
cair lágrimas, mas, a vida segue, não é? Arranquemos o tecido necrosado do medo
existencial e aprendamos com nossas falhas.
No fim, ao
tomarmos consciência de quem somos de verdade, mergulhar em pensamentos
inóspitos, recônditos inexplorados de nossa alma, refletir, meditar e saber
realmente o que somos, qual a razão da existência? Cada semente que plantamos
vai gerar ou não frutos, sejam estes sãos ou podres. O tamanho do nosso medo,
mede a nossa coragem. Ou encaramos o fato, ou escondamo-nos em preconceitos,
estupidez, falsidade, falso moralismo, magoas, angustias e cair no abismo da
existência e nas armadilhas de tudo aquilo que fingimos não ser, mas que a
oferta é generosa, por aí. Senão, por sua vez, o vento frio e gelado do vazio,
seja a noite, seja o dia, nos levarão a “auto destruição”, e quando acordamos,
ao invés de um, pode haver dois lugares vazios, e aí, não haverá mais
esperança...
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