domingo, 29 de maio de 2011

ESCOLHAS...

Escolhas. Certas ou erradas, boas ou ruins, são nossas. Quando estamos diante de uma encruzilhada, uma definição, um rumo e um destino, sempre se teremos que escolher. É algo que nos envolve e ás vezes deixa rastro de tensão no ar. É muito importante fazer a escolha certa. Que também pode ser errada. Afinal, não somos donos da verdade nem temos bola de cristal pra adivinhar se vai ser alguma coisa benéfica ou maléfica em nossas vidas. Que mal pode haver numa escolha? E qual bem maior vem a tiracolo? Não podemos nunca julgar, nem responder, apenas refletir com calma se vale a pena ou não seguir o caminho que estamos traçando e que, futuramente iremos trilhar. Se não for como a gente planejou, vai doer, machucar, deixar marcar, entretanto, vai ser um aprendizado e dinheiro nenhum vai ressarcir. Se acertarmos, vai marcar pra sempre, e veremos que valeu a pena. Nesse ínterim, pra uma escolha valer a pena, nós devemos primordial e essencialmente analisar o risco. O “custo-benefício” desta ação que iremos tomar pra não lamentarmos-nos tanto no futuro.
Portanto, não se sinta nem um perdedor nem um vencedor por antecipação. Numa escolha, em primeira analise, não temos nada a perder, nem a ganhar. É um processo seletivo. Não sabemos o que vai acontecer. É deixar a vida levar e a gente ser o grande comandante deste timão sem rumo. E o destino é o vento que leva a embarcação pro horizonte. E este pode ser belo como um pôr do sol no fim da tarde com os pássaros cantando ou, uma tempestade fria e nebulosa que vai fazer ficar ilhado o barco no meio do oceano. No mais, não é preciso ter medo. Paciência uma virtude. E os pormenores da vida, servem sempre como forma de aprendizado. Importante é arriscar. Dizia o filósofo: “A vida é uma maravilha quando não se tem medo dela”. Assim, não há com o que temer numa escolha, e sim, cuidadosamente verificar, esmiuçar e calcular seu risco e seu custo benefício. Aquela velha máxima: -“Será que vale a pena?” Bom, o poeta responde: -“Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.
Por isso, não temamos as escolhas e sim, sejamos parcimoniosos na sua definição. Uma escolha determina uma marca na vida, seja para o bem ou para o mal. Mas as reviravoltas, depois de altos e baixos naturais decorrentes de escolhas, auxiliam no nosso auto-conhecimento e crescimento enquanto ser humano. O resto é pura balela. Por isso, arrisque-se! Se o destino diz que você é um perdedor, pregue uma boa peça nele...

quinta-feira, 26 de maio de 2011

SAUDADE...

Saudade. Quem não sente saudade? Ou, alguém sabe o que vem a ser saudade? Saudade é estar longe de quem se ama. De quem gostamos com toda força. Ou será a saudade meramente uma lembrança de um ente querido que sirva como suporte de todo o mal da vida? Saudade é aprender com quem passa pela vida e deixa idéias a quem se orgulhamos de seguir. Ou é meramente um sentimento irreal? A saudade nada mais é do que um sentimento nostálgico que serve de parâmetro para medir a nossa comiseração diante da vida. A bússola do passado nas relações humanas e as marcas que elas deixam no nosso coração e nossa alma. Saudade ás vezes nem sempre é sentir a falta da presença física e sim, a saudade de idéias perdidas pelo tempo.
A força motriz humana para suportar a dor de estar num mundo globalizado repleto de gente e, ainda assim ter-se a sensação de estar só. Olhar pro lado e sentir um vazio na alma. Pra onde vamos sem um apoio? e quando perdemos esse apoio? Daí advém à verdadeira saudade. Ela está nas pequenas coisas do cotidiano, nas ações mínimas que vão moldando a nossa personalidade e o nosso caráter. E quando não damos importância e tudo passa na velocidade de um relógio digital, e vemos-nos no nosso âmago, o tempo que perdemos e poderíamos ter aproveitado diante de alguém ou algo que nos satisfaça e que percebemos o quanto somos mesquinhos e egoístas e, diante dessa perspectiva caem-se as máscaras e a gente sente falta dessas minúcias as quais deixamos passar e escorrer entre os dedos.
No mais, quem não sente saudade é porque não viveram seus dias mais puros e verdadeiros antes de ter a alma envenenada pela ganância humana. E os olhos cegam, desencorajados, não absorvem as coisas simples e perdemo-nos nas obviedades de sempre. E enquanto pensamos ser diferentes, continuamos iguais. E essa igualdade torna-se pedante e os dias passam rápidos demais. E na velocidade, não percebemos a vida. E quando tudo parece frágil e tarde demais, aí sim entenderemos o que é a saudade. Porem, ela é expressa é uma frase simples: - No meu tempo de criança...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O AMOR...

Esses dias eu ouvi uma pessoa garantir que existe amor. Não quis desapontá-la, pra não ficar parecendo pessimista demais, mas, amor, principalmente entre duas pessoas não existe. Vou explicar antes que atirem pedras. Bom, o amor é um sentimento maior do que qualquer pessoa. Portanto, se alguém diz: - Eu te amo nada mais é do que o espelho de um sentimento egoísta. Não se ama ninguém, ao menos assim do nada. No máximo se acostuma ou aprende a conviver com o mínimo de tolerância. Mas, o ser humano é um “animal” intolerante por natureza. Como pode um ser que despreza o seu semelhante, dizer que ama alguém? Não é possível, infelizmente. Ninguém ama ninguém. As pessoas aprender a tolerar umas as outras, nada mais. E não é papo de razão excessiva é um fato. As relações são calcadas apenas no respeito e na sexualidade. Uma das duas se perde ou esfria com o passar do tempo, tudo passa a ser letal. E onde ficam as juras de amor? Isso não existe. Existe sim, um momento de paixão desenfreada, de excitação acesa, de desejo agudo e nada mais. Os pormenores são desculpas pra maquiar um sentimento eqüidistante da razão humana.
Não é possível amar de maneira repentina. Essa coisa de “amor à primeira vista” é conversa pra boi dormir. Não quero desapontar ninguém, mas é um fato. Não conheço ninguém que se ama de verdade. Existem pessoas que, por conveniência, toleram as outras. Ou alguém acha que amor dura dez, vinte, trinta, cinqüenta anos? Nada disso. Fatores maiores podem auxiliar no processo de convivência. O costume, as coisas feitas de modo correto, o não aborrecimento, o respeito e a tolerância. No mais, cada um leva o seu jeito a não desagradar o outro. Ainda assim, cada um faz coisas inadmissíveis e com uma boa desculpa: - “Somos como os animais. Dependemos do sexo para viver e amor é coisa de gente trouxa”. Infelizmente amigos, se a vida é curta e temos de aproveitá-la, não faz sentido sentir algo que é eterno. Pois, não se diz que o amor é eterno?
Dito isto, não adianta demonstrar um sentimento que o ser humano não tem no seu cerne. Talvez, o poetinha Vinícius de Moraes tenha melhor escrito no seu célebre soneto da Felicidade: “Eu possa (me) dizer do amor (que tive)
Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure”. Isso é claro, pra quem acredita. Pois se é uma chama e ao mesmo tempo duradouro, não é durável, muito menos eterno, mas explica bem o que eu quis dizer e que as pessoas do século da desesperança pensam sobre o maior de todos os sentimentos...

terça-feira, 17 de maio de 2011

RECOMEÇAR...

Recomeçar. Iniciar novamente. Iniciar mais uma vez. Partir do zero novamente. Complicado? Nem sempre. A vida é feita de início, meio e fim. Os acontecimentos procedem-se em ciclos de sete anos. Ou seja, a cada período citado, acontece algo de bom ou ruim na vida de cada um. Pode até parecer balela ou conversa fiada, baseada em imbecis emotivos, com óculos de grau e cabelos partidos ao meio gomalizados, em aspecto de nerds modernos. Não é calcado em panacas que preferem escancarar o coração, pondo pra fora um falso amor combalido e retrógrado no século da desesperança. Isso é nada perto da astúcia e desprezo dos ditos modernos e prodigiosos humanos de agora. Ora, está escrito por aí que “o que há de ser será” e os pormenores da vida não devem ser esmiuçados, podendo levar-nos a loucura. Já parou pra se perguntar nos porquês das coisas? É perda de tempo.
Percamos tempo então vivendo, sorrindo, chorando, sofrendo, gritando, caindo, pulando, amando e odiando. Assim é a vida. O ego domina as nossas fraquezas. E o disfarce da força nos mantêm vivo. Que mais devemos fazer? Comprazer-nos com a mediocridade. Ora, não sou puritano ao extremo. Cada um faz da vida o que lhe aprouver. E dono de suas ações e juiz mor das suas atitudes. Quem quiser meter-se em contrário, troque os pés pelas mãos. “Cada cabeça uma sentença” diz a minha vó. “Cada um tem o que merece”. Retruca meu tio avô. Clichês modernos de uma época ultrapassada.
Depois cobram sinceridade, honestidade, lealdade, dignidade e sapiência. Como podemos cobrar-nos por coisas que ainda estamos longe de alcançar? Somos reles fantoches de nossa própria consciência. Não sabemos o caminho que leva á lugar nenhum. Nem sabemos de onde viemos e nem pra onde vamos. Como podemos ter certeza das coisas? Se nem sabemos ao certo para onde as coisas vão? Engraçados nós humanos. Temos talentos múltiplos, inventamos coisas, rodamos mundo, conhecemos pessoas, aprendemos ciências, deciframos o futuro, mas não sabemos amar ao próximo. Nem ao menos sabemos começar a construir pontes entre nós.
O século XXI nos fornece ingredientes de isolamento e tristeza. Não há motivos pra saber o que pode acontecer. E se as mágoas que enchem o coração do homem moderno são sanadas pela ganância que existe no seu âmago. No mais, os restos são os restos. Ninguém é dono do seu destino. Muito embora não saibamos o dia de amanhã. Se alguém se habilitar, que encare os fatos. É mais fácil recomeçar a pensar nas atitudes a tomar e adaptar-se aos modos do século da desesperança ou, ficar a margem das coisas ditas “legais” e interadas que rodeiam o cotidiano dos iguais. E nos mais, resta ao que os fracos rodeiam: A dor...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

OLHANDO A JANELA...

Incontáveis vezes eu fiquei á beira da janela olhando as estrelas. Olhando o céu da noite escura e calma. O silencio que pairava no ar, me fazia refletir sobre mil coisas. Como seria o futuro? Que estaria fazendo dali á uns dez anos? Teria mulher, filhos e um bom emprego? Estaria sozinho, vivendo num bairro afastado, num casebre e sofrendo alcoolismo crônico? Seria um milionário excêntrico? Um ator? Um poeta? Um músico? Um arquiteto? Poria uma capa e ia transformar-se num Super-Homem tupiniquim dotado do caráter de Macunaíma? Quem sabe um policial combatendo o crime? Ou um dragão da independência? Um maníaco aos moldes de Jack, o extirpador? Vai saber, pode parecer loucura, mas, olhar a janela numa noite estrelada leva a gente a viajar mentalmente a lugares nunca dantes explorados. Pode parecer banal pensar nas banalidades. Mas elas nos movem às vezes. Embora nem sempre sejam compreendidas. E essa incompreensão a pequenas “tolices” que vivemos no dia a dia é combustível para uma maior integração entre as pessoas. Não prego a síndrome de Walter Mitty, citada em outro texto deste blog*. Apenas prego um pouco de inocência e imbecilidade. As pessoas são muito marotas, astutas e vivem pregando “malandragem”. Malandragem não é modus operandi de vida calcada na esperteza, e sim, desculpa de pessoas fracas e desrespeitosas para tirar proveito da benevolência de outros. Se fossem todos sinceros, não seriam precisos estes artifícios maléficos pra tirar vantagem em tudo.
Isso é meramente tolice idealizada para o mal. Ora, não sou puritano, mas é mais prático soltar uma “mentirinha” ao invés de trapacear em meio a palavras maliciosas em meio a atitudes contraditórias do nosso interlocutor. Isso é mero reflexo da cultura podre nacional de “levar vantagem em tudo”. Isso não é sapiência nem saber viver, e sim, a pior forma de enganação para com outra pessoa. Pode ser aplicável ao crime e não a civilidade. Porem, não vou adentrar profundamente á questão, pois, para confabular, melhor ficar observando as nuvens pairar no céu límpido e puro, diferente das almas dos homens, corrompidos pelo ego e a ganância do capital. Qual o mal maior do mundo? O capital. Não há mais o que comentar. Mundo movido a capital, homem primata, capitalismo selvagem. Consumismo, luxúria, exposição exagerada, bullying, cirmes e Mc Donalds. Sem falar na música pop descartável de hoje em dia. Eis o mundo em que vivemos. Melhor ligar a TV e ver a morte ao vivo do Bin Laden, bode expiatório de crimes contra humanidade cometidos pelo ocidente, a simplesmente poder sentar ou ficar em pé em frente à janela, observando estrelas....


* Ver “A vida é um sonho Charlie Brown”

TODOS OS AMORES SÃO IGUAIS...

E se dissesse que ainda te amo você acreditaria? Jogasse fora toda a injúria, fúria, angústia, orgulho e ressentimento e sem mais nem menos, sem preocupações, livre, leve, solto e feliz, pudesse olhar nos teus olhos profundamente e dizer simplesmente EU TE AMO, você de fato acreditaria? Quando eu ficar ranzinza e não puder mais reverter? Vamos desdenhar da sorte e ganhar mais e mais que perder. E não vou guardar rancor nenhum. Já que a vida é assim tão boa. Quero que você me leve do meu jeito e do seu modo não quero que você carregue esse peso de gostar.
Posso ser meu assim um pouco alheio ao seu ser, mas, é meu jeito de viver. Nenhuma frustração calejaria o coração sem essa gana de vencer. E se esse sol não vier, o amanhã é pouco pra dizer que é só ilusão. A escuridão, se essa cor não vier, preto e branco é todo universo de habitação pra se perder, se achar e se entender e reviver. Eu só queria ter você no coração sem ter toda essa tristeza em que pese ser amor, nunca temos a certeza de que estamos sós, até o fim. Eu não queria emudecer com a razão. E não emitir tanta frieza, se pudesse ser mais são Ia ver toda beleza de que enquanto sós somos união.
E quem tem mais razão pra se servir do erro de quem não pode voltar. Estamos aqui juntos pra dizer sem essa megalomania de quintal que não esperamos tudo florescer, livramos esse karma visceral. Não tenho medo de reconciliação, mas já prevejo toda confusão que haverá. Sei que pediu um tempo pra acalmar o coração, brincando de recomeçar e demorou a entender a grande a ilusão de que amor é sempre um só. O resto é figuração. O vento que trás amores é o mesmo que corta os corações. Se tantos planos forem tão em vão e se esse sonho amargar em nossas mãos eu quero que se cuide e que não mude o que tens de bom pra não desmerecer seus dons.
Não me importa não mais ver o céu. Hoje eu finjo já não enxergar o seu jeito de me olhar. Vou voltar. Em qualquer lugar sem ti vou ficar e perceber que o vento que soprou do seu jardim tirou de mim razão pra viver, mas deixa-me completar você em mim, pois seu sonho rema ao fim e não vou recordar. Eu pouco sem razão pelo tolo que perdeu razão, pois sei que não voltas para mim.
O que se perdeu, perdeu há forma e o sentido. Em pensar na pena de se reencontrar, virá de novo para nos machucar. Então, guardo o teu cheiro em mim. Eu não queria emudecer com a razão e emitir tanta frieza. Se pudesse sem razão, ia ver toda beleza de que enquanto sós, somos união. Não podemos ignorar o que já vivemos. E se pudermos recomeçar e entender que o amor é sempre um só e o resto é figuração. Porque todos os amores são iguais.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

PERDOA

Estava frente a frente com ela. Enfim, tiveram tempo de conversar calmamente. Havia alguns meses não se viam. Era estranho, de modo que se viam continuamente, dia a dia, hora a hora. Agora, pareciam estranhos desconhecidos dialogando sobre o vazio de existir. Suas almas, antes rancorosas, agora pareciam leves e calmas. Olhavam-se fixamente como se quisessem libertar um amor perdido, encarcerado, preso, sufocado, abafado, aturdido, atordoado e ferido. Não havia mais motivos nem razões para manter a soberba e o orgulho. Mal nenhum foi cometido. E toda a raiva e rancor, além das ironias de outrora agora desterravam na lama do chão pérfido da desesperança. Quiçá, terem ficado se olhando não despertou algo novo? Ou um velho sentimento? A emoção trancada a sete chaves saltava nos olhares de ambos e a pulsação de um tempo atrás voltava com força. Demoraram mais alguns minutos, quando, ao mesmo tempo, disseram:

-Olá!
-Como vai?
-Tudo bem?
-Desculpe!
-Não me desculpa você
- Nada
-Fui afoito
-Eu que fui
-Acontece...
-Verdade...
-Tenho uma coisa pra te dizer
-O que?
-Não paro de pensar em você tenho perdido o sono...
-Engraçado eu também
-Puxa...
-Rsrsrsrs
Mas falo sério. Lembra de cada dia. Cada hora, cada minuto, cada segundo que estive ao teu lado. Foram os melhores dias da minha fútil vida...
-Exagero!
-Sério. Você pode achar que é papo de cara inseguro. Mas sou sincero. Se pudesse voltar atrás consertaria tudo entre nós. Mas fui fraco...
-Não foi, as coisas acontecem...
-Uma pena...
-Não se lamente. Não se lamentam coisas que passam, apenas reflete-se nelas...
-Verdade
-Não há volta num erro
-Mas é normal. Aconteceu com a gente acontece com todo casal
-É a vida. Mas você continua sendo especial.Tem morado sempre no meus pensamentos e habita o meu coração a cada dia. Mas, meu orgulho e maior e as feridas estão cicatrizando.
-Mas logo você arruma alguém
-Espero. Mas não vai ser um décimo que nem você
-Vai ser melhor
-Espero
-Vai encontrar
-Ninguém vai substituir você no meu coração...
-Bobagem. Deixa de loucura menino
-Desculpe, estou pondo pra fora a verdade
-Mas já passou faz muito tempo. Acorda pra vida
-Uma vida sem razão, sem ter você ao meu lado...
-Eu já te expliquei os motivos...
-Desculpe. Não quis me exceder... E que poderia ter sido diferente...
-Mas não foi. Não se pode mudar o destino. Ele já vem traçado.
-Verdade. Ninguém pode fugir do que lhe é fadado.
-A não ser que acredite em estrelas cadentes...
-Rsrsrsrs que engraçado. Onde você viu isso?
-Alguém me contou.
-Estranho...
-Não acha?

-Uma pessoa fazer um pedido e coincidir com o desejo da outra?
-Isso é destino
-E nosso caso era pra ser da maneira que foi sem mais nem menos
-Não há o que mudar nas coisas como elas acontecem. Não controlamos nossas vidas. Não mudamos o que acontece.
-A não ser que sejamos magos
-Coisa que não somos
-Definitivamente.
-Mas foi um prazer ter ver
-O prazer foi meu
-Manda lembranças a todos
-Você também
-Ah, só mais uma coisa
-Diz
-Você me perdoa?
-Pelo que?
-Por ter te amado mais do que a minha compreensão mesmo sendo isso uma estupidez tola?
-Anh, claro. Perdoou
-Obrigado
-De nada
- Só mais uma coisa
-Sim
-Eu vou te amar por toda a eternidade e não vou te esquecer jamais. Pois mesmo não estando juntos nessa vida, tenho a impressão que já estivemos juntos antes. E o nosso amor não é pra agora, mas é algo mais profundo e belo que a mais tenra flor que já brotou do mais belo jardim da vida.
-(Suspiro): - Obrigado
E saíram sem olhar para trás. Sabendo que mesmo com o sentimento mais nobre enclausurado em almas orgulhosas, serve apenas pra esconder e disfarçar algo maior e incompreensível, incontrolável, intangível, doce e cruel, mel e fel, que toda desfaçatez insiste em imperar, mas que mesmo nas mais pungentes vicissitudes da vida, um dia há de voltar e reparar os erros. Embora, erros geram acertos, ou não. Cabe a cada um de nós escolhermos o caminho a seguir e não forçar um caminho sem volta.
No mais, os pormenores e encalços da vida, servem para crescermos enquanto seres humanos. E o perdão ao menos serve para aliviar a alma. E as razões são inúteis quando o sentimento não tem reciprocidade...