terça-feira, 8 de março de 2011

Sem Novidades...

Sem novidades. Nada de novo. Nada de velho. Os dias têm passado calmamente por aqui. Nenhum incidente, nenhuma alegria, nenhuma tristeza, nenhuma angustia, nenhuma lembrança enfim, simplesmente nada. Vou te deixar aí solidão e lembranças. Queiram nunca mais me acompanhar. Vocês são muito perversas. Deveras lembrar que, venham me buscar aqui, recordações para fora. Vocês sim, são boas. Lembranças são fulgazes, recordações são eternas. Não queiram mal, felicidade e tristeza estão num patamar igual. É tênue a linha que as separa ou as iguala. Intermitentes, intermináveis. A vida é algo maravilhoso. Acabei de lembrar de algo que passou. Mas, como não agradou, esqueço rápido. Minha intuição me engana. Olha o céu. O sol brilha. Recordo-me da infância. Bons tempos.
Acordo e lembro que me aproximo da idade Balzaquiana. Ora, um terço, talvez dois, de uma vida sem novidades. Pelo menos, não cometi mal algum na caminhada. Avisa a Luiza que ta tudo bem por aqui. A casa que estava olhando para comprar, consegui ás duras penas adquirir. Como diz um amigo meu: “Depois do parcelado, todo mundo compra”. Viajei também. Fui até o Sul do Brasil. Conheci as cidades de mulheres mais belas em toda face da terra. Vi as serras sulistas, com neve caindo nos telhados das casas de madeira, típicas da arquitetura germânica. Passei também pelos campos esverdeados de Strawberry Fields, e vi o barbeiro, o banqueiro, o bombeiro com a foto da rainha e a moça com uma papoula na bandeira. Meu time continua mal. Assim como a política local. Mas, que mal há nas escolhas erradas? Time, partido político e religião se podem escolher. Diferente da mulher. Se bem que os três citados antes a gente não se arrepende quando troca. Mas to bem sozinho. Não te preocupas com a família, estão todos bem.
No mais, manda uma ampulheta, um relógio de corda e uma garrafa de vinho tinto. Eu fico apreciando o vindo e vendo o dia passar devagar, na cadencia de relógios que parecem lentos. O nada a fazer tem feito parte do meu cotidiano, assim como a paz de espírito. Ah, meu coelho ta bem, engordando e fazendo arte. Além de dormir e fazer as necessidades fisiológicas pela casa. Não fica zangado com a minha indiscrição, é que a coisa aqui ta preta. A gente vai levando a vida do jeito que Deus quer e que dá certo. Ah, manda um beijo na Cecília, na família e nas crianças, a minha amiga aproveita pra também mandar lembranças. Está ficando tarde, deixa meus amplexos apertados e meus ósculos molhados a todo pessoal. Adeus.

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