segunda-feira, 7 de março de 2011

Vivendo e não aprendendo...

Há um conceito da religião Hindu que diz: “A vida é um ciclo. Quando acaba uma coisa começa outra e isso é sinal de sabedoria”. E assim é a vida. Erramos, acertamos, erramos de novo, corrigimos, acertamos e etc. Não há nada demais em ser assim. Viver e aprender. Que seria da vida sem os erros? Uma má avaliação aqui, um caminho desviado acolá, uma falha de planejamento, um equivoco num calculo, um deslize, uma patinada, um escorregão. Quantas e quantas vezes conviveremos com tais fatos? Os erros não nos diminuem, e sim nos engrandecem. Apontam o caminho certo a ser trilhado, e não devem ser analisados como mácula. Ora, somos todos falíveis. O arrependimento, não serve pra consertar, e sim, para perceber o quanto nós podemos ser melhores. O quanto nós podemos fazer de melhor, o nosso potencial, a nossa força interior. Não é, meramente, desculpa para nossos erros. O arrependimento, nada mais é do que uma reflexão, e como tal, deveria ser feita antes de cada atitude ou decisão precipitada que tomamos.
Porem é um sentimento que vem tardiamente. Na vida, não há razões para a gente se arrepender, pois, a gente decide por si mesmo. E, nessas horas, seja por precipitação ou lógica, nós decidimos e nada deve interferir no fim das contas. Se vai ser certo ou errado, o tempo vai dizer. Não podemos olhar pra trás, com lamurias e dizer calmamente: - Errei... Não. A vida é feita de escolhas. A estrada é sempre aberta, e a nossa avaliação é sempre preponderante. Não devemos nunca olhar pra trás e dizer: - Por que fiz isso? Por que fiz aquilo? Não, temos que parar e pensar que o que aconteceu, ou foi feito, deveria ter sido feito. Não há motivos para arrependimentos. Nada é correto, ao passo que nada é errado. São experiências, vivências, atitudes enfim, um escopo de possibilidades. Por que se arrepender depois? O que passou, passou. No mais, não fica espaço para ressentimentos, muito embora, o nosso comportamento mude. Ás vezes, algumas atitudes são diferentes, mas nada volta a ser do mesmo modo. “Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia”, já diz a letra da canção. E assim seguimos.
E no fim, não há mágoas nem ressentimentos, nem dor, nem tristezas. Fica o aprendizado. A chuvarada não dura o dia inteiro. Assim como o sol não dura mais que um dia. As coisas transitam. Não há razão pra ficar triste. A vida é curta, e certa vez eu li. “No livro da vida as respostas não estão na parte de trás” Ou seja, sigamos nosso caminho de acertos e erros, o importante é olhar em retrospecto e dizer: - Vivi. Mesmo que intimamente pensando: “Vivendo e não aprendendo”. É a vida...

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