terça-feira, 17 de maio de 2011

RECOMEÇAR...

Recomeçar. Iniciar novamente. Iniciar mais uma vez. Partir do zero novamente. Complicado? Nem sempre. A vida é feita de início, meio e fim. Os acontecimentos procedem-se em ciclos de sete anos. Ou seja, a cada período citado, acontece algo de bom ou ruim na vida de cada um. Pode até parecer balela ou conversa fiada, baseada em imbecis emotivos, com óculos de grau e cabelos partidos ao meio gomalizados, em aspecto de nerds modernos. Não é calcado em panacas que preferem escancarar o coração, pondo pra fora um falso amor combalido e retrógrado no século da desesperança. Isso é nada perto da astúcia e desprezo dos ditos modernos e prodigiosos humanos de agora. Ora, está escrito por aí que “o que há de ser será” e os pormenores da vida não devem ser esmiuçados, podendo levar-nos a loucura. Já parou pra se perguntar nos porquês das coisas? É perda de tempo.
Percamos tempo então vivendo, sorrindo, chorando, sofrendo, gritando, caindo, pulando, amando e odiando. Assim é a vida. O ego domina as nossas fraquezas. E o disfarce da força nos mantêm vivo. Que mais devemos fazer? Comprazer-nos com a mediocridade. Ora, não sou puritano ao extremo. Cada um faz da vida o que lhe aprouver. E dono de suas ações e juiz mor das suas atitudes. Quem quiser meter-se em contrário, troque os pés pelas mãos. “Cada cabeça uma sentença” diz a minha vó. “Cada um tem o que merece”. Retruca meu tio avô. Clichês modernos de uma época ultrapassada.
Depois cobram sinceridade, honestidade, lealdade, dignidade e sapiência. Como podemos cobrar-nos por coisas que ainda estamos longe de alcançar? Somos reles fantoches de nossa própria consciência. Não sabemos o caminho que leva á lugar nenhum. Nem sabemos de onde viemos e nem pra onde vamos. Como podemos ter certeza das coisas? Se nem sabemos ao certo para onde as coisas vão? Engraçados nós humanos. Temos talentos múltiplos, inventamos coisas, rodamos mundo, conhecemos pessoas, aprendemos ciências, deciframos o futuro, mas não sabemos amar ao próximo. Nem ao menos sabemos começar a construir pontes entre nós.
O século XXI nos fornece ingredientes de isolamento e tristeza. Não há motivos pra saber o que pode acontecer. E se as mágoas que enchem o coração do homem moderno são sanadas pela ganância que existe no seu âmago. No mais, os restos são os restos. Ninguém é dono do seu destino. Muito embora não saibamos o dia de amanhã. Se alguém se habilitar, que encare os fatos. É mais fácil recomeçar a pensar nas atitudes a tomar e adaptar-se aos modos do século da desesperança ou, ficar a margem das coisas ditas “legais” e interadas que rodeiam o cotidiano dos iguais. E nos mais, resta ao que os fracos rodeiam: A dor...

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