segunda-feira, 23 de maio de 2011

O AMOR...

Esses dias eu ouvi uma pessoa garantir que existe amor. Não quis desapontá-la, pra não ficar parecendo pessimista demais, mas, amor, principalmente entre duas pessoas não existe. Vou explicar antes que atirem pedras. Bom, o amor é um sentimento maior do que qualquer pessoa. Portanto, se alguém diz: - Eu te amo nada mais é do que o espelho de um sentimento egoísta. Não se ama ninguém, ao menos assim do nada. No máximo se acostuma ou aprende a conviver com o mínimo de tolerância. Mas, o ser humano é um “animal” intolerante por natureza. Como pode um ser que despreza o seu semelhante, dizer que ama alguém? Não é possível, infelizmente. Ninguém ama ninguém. As pessoas aprender a tolerar umas as outras, nada mais. E não é papo de razão excessiva é um fato. As relações são calcadas apenas no respeito e na sexualidade. Uma das duas se perde ou esfria com o passar do tempo, tudo passa a ser letal. E onde ficam as juras de amor? Isso não existe. Existe sim, um momento de paixão desenfreada, de excitação acesa, de desejo agudo e nada mais. Os pormenores são desculpas pra maquiar um sentimento eqüidistante da razão humana.
Não é possível amar de maneira repentina. Essa coisa de “amor à primeira vista” é conversa pra boi dormir. Não quero desapontar ninguém, mas é um fato. Não conheço ninguém que se ama de verdade. Existem pessoas que, por conveniência, toleram as outras. Ou alguém acha que amor dura dez, vinte, trinta, cinqüenta anos? Nada disso. Fatores maiores podem auxiliar no processo de convivência. O costume, as coisas feitas de modo correto, o não aborrecimento, o respeito e a tolerância. No mais, cada um leva o seu jeito a não desagradar o outro. Ainda assim, cada um faz coisas inadmissíveis e com uma boa desculpa: - “Somos como os animais. Dependemos do sexo para viver e amor é coisa de gente trouxa”. Infelizmente amigos, se a vida é curta e temos de aproveitá-la, não faz sentido sentir algo que é eterno. Pois, não se diz que o amor é eterno?
Dito isto, não adianta demonstrar um sentimento que o ser humano não tem no seu cerne. Talvez, o poetinha Vinícius de Moraes tenha melhor escrito no seu célebre soneto da Felicidade: “Eu possa (me) dizer do amor (que tive)
Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure”. Isso é claro, pra quem acredita. Pois se é uma chama e ao mesmo tempo duradouro, não é durável, muito menos eterno, mas explica bem o que eu quis dizer e que as pessoas do século da desesperança pensam sobre o maior de todos os sentimentos...

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