terça-feira, 29 de novembro de 2011

O FIM...

Define-se o fim como término. Conclusão. Em partes. O fim é uma coisa que não tem volta, não tem conserto, não tem utilidade, não tem compreensão, sendo por si mesmo a compreensão absoluta. Um ultimato. Uma definição. Todo trajeto chega ao seu destino. E não se vai mais. O fim é o entrave, a parede, o mudo, o passo que não pode mais ser dado. A supressão maior da alma. Não adianta lutar contra o fim. Ele não corresponde a apelos, súplicas e choros. Determinar o fim é como procurar a resposta pra pergunta indecifrável. Quando a gente cumpre uma etapa na vida, esta já se foi, a gente não repete mais. Ou acerta-se ou erra-se. Não há meio termo. O meio termo é sinal de fraqueza, inutilidade e retrocesso. Não se dá um passo atrás para dar dois pra frente. Isso é balela. “Pra frente é que se anda”, diz a velha canção. Não se é possível concluir uma coisa e voltar pra consertar. Você conserta antes, depois, aí sim você determina. Não se determina pra depois consertar.
Na vida a estrada é reta. Não há curvas. Há obstáculos e buracos, mas não curvas. As curvas a gente é quem cria. No mais, não se deve lamentar, nem achar que não fez o melhor. Fazemos o que podemos dentro das nossas limitações, e a compreensão dessas limitações faz a gente crescer e ser melhor. O resto é arrogância e orgulho humano. Mas, somos assim, gostamos do risco, do mau trato, do desprezo, da dor, da incerteza e da dúvida. O que é bom, não nos apetece. A bondade, diria Nelson Rodrigues deve ser atribuída aos reis, papas e autoridades. O comedor de rapadura tem de ter mania de grandeza, arrogância.
E no mais, que bem pode trazer ser bonzinho? Nada! Só pré-conceitos e julgamentos de pessoas que não sabem nem olhar pro próprio nariz e ver que a sujeira escorre. Mas, é melhor levar fama de mau, a procurar fazer as coisas corretas. Isso é coisa de gente imbecil. A sobra fica para os fracos de espírito. Portanto, não é possível crer em algo que foge do nosso princípio. No mais, sigamos em frente sempre. Pois toda porta se fecha, toda dor se cura e toda desavença vira bonança. E pra entendermos tudo isso, é preciso o fim. O fim nada mais é do que um novo começo. Sem precisar começar novamente. E sim, iniciar uma etapa deixando outra pra trás. Pois a vida é um ciclo contínuo e não um giro em torno dos próprios erros...

Nenhum comentário: