domingo, 27 de fevereiro de 2011

Bom Tempo...

Um passarinho me cantou que a boa brisa lhe soprou que vem aí bom tempo. E que cada dia, uma nova alegria. Como será daqui para o ano 2000? Deixa o tempo passar, deixa a vida seguir, deixa o barco navegar. Não fala de Maria, que ela é que nem Madalena e foi pro mar. Ela é como a Rita, levou a minha carteira, maneira, estrela do meu caminho, espinho, cravado em minha garganta a Santa, a Santa ás vezes troca meu nome e some, e some nas altas da madrugada. Coitada trabalha de plantonista. Artista é louca pela Portela, oi ela aquela, vestida de verde-rosa, a Rosa aí Rosa, garantiu ser sempre minha, bandida, saiu pra comprar cigarro. Que saco! Eu trouxe umas coisas do norte, que sorte, voltou toda sorridente. Demente, inventou cada caricia. Egípcia, me encontra e me vira a cara.
Mas tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu, a gente estancou de repente ou foi mundo então que cresceu. A gente quer ter voz ativa no nosso destina mandar, mas eis que chegar a roda viva e carrega a viola pra lá. Roda mundo roda gigante, roda moinho roda pião, a vida rodou nesse instante nas voltas do meu coração. Mas meu coração está curado. Larga a minha mão, solta as unhas do meu coração que está apressado, pois desanda a bater desvairado quando entra o verão.
Já passou, já passou, se você quer saber, eu já sarei já curou. Me pegou de mal jeito, mas não foi nada estancou, já passou. E, não adianta saracotear de lá pra cá, na barra, na farra, no forró forrado, na Praça Mauá, sei lá no jardim de Alá, ou no clube do samba. Faz me rir, faz-me engasgar me deixa catatônico com a perna bamba, mas já passou.
E se um dia você era a favorita das cabrochas dessa ala, hoje, você é só mais uma no meio da multidão. Olhos nos olhos quero ver o que você faz, ao sentir que sem você eu passo bem demais. E que venho até remoçando, me pego cantando, sem mais nem por que. Porque, mesmo que ela faça cinema e seja demais, no suburbano coração ela não entra mais. To igual ao Juca, eu vi Maria no samba. Olê Olê Olá ! Não chore ainda não que eu tenho um violão e o samba vem aí. Um samba tão imenso que até mesmo o tempo vai parar pra ouvir.
E amanhã vai ser outro dia. Apesar de você amanhã há de ser outro dia. Você vai se esconder vendo o sol renascer e espalhar poesia. Afinal, tinha cá pra mim que eu vivia enfim um grande amor, mentira. Mas, você me desconcerta, pensa que está certa, porém não se iluda. No fim do mês quando o dinheiro aperta você corre esperta e vem pedir ajudar. Você não ouviu o samba que eu lhe trouxe. Eu trouxe rosas, e eu lhe trouxe um doce, as rosas vão murchando e que era doce acabou-se. Bye Bye Brasil... Que venham os Bons tempos!

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