sábado, 21 de janeiro de 2012

DIA BRANCO...

Eu sempre pensava se você viesse. Aparecesse do nada e viesse comigo pra qualquer lugar. Que fosse minha companhia, minha companheira. E você veio pro que der e vier comigo. Num dia branco, sem nada pra atrapalhar, sem a cinza nem o escuro da noite, nem a vermelhidão ardente do sol. Num dia certo, no momento oportuno, como as coisas se processam. No exato instante, quando a dor se dissipou. As más lembranças foram executadas. Quando a luz do dia raiou e iluminou nossos caminhos novamente. Precisamos passar por alguns percalços pra receber a recompensa. E prometer o sol antes do sol sair ainda é pouco. O sol e a lua ainda assim não bastariam, assim como todo o oceano não sacia a sede de te ver.
E se a chuva cair, você vindo, nada vai atravancar o nosso desejo. Aonde a gente chegar, numa praça, na beira do mar, num pedaço de qualquer lugar, todas as estrelas hão de brilhar e contemplar nosso amor. E o vazio há de ser testemunha de tudo que for belo e puro. E nada vai atrapalhar e impedir nosso momento. Nem o vento, nem a lua, nem as águas, muito menos as pessoas. Nada. Cada segundo será só nosso. Particular, intimo secreto e infalível. Cada olhar, cada caricia e beijo hão de ser verdadeiros e ardentes. Os abraços apertados darão segurança. E o mundo será ínfimo diante do nosso amor. Nesse dia branco, se branco ele for, esse canto, esse tão grande amor.
E no mais, vai cair a noite e vão alvorecer tantos outros dias brancos, até o infinito, e o mar, a lua e o sol que lhe prometi irão saudar nosso amor com algo único e indivisível. E todos vão achar graça na dupla que passa e parece não querer se soltar. É tempo perdido estar longe, ao passo que bate uma saudade boa. Mas, mesmo assim, cada pedaço de coração e cada metade de alma estarão confortados pela força do verdadeiro amor. Esse canto, esse tão grande amor, se você quiser; se quiser e vier, comigo...

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