domingo, 8 de janeiro de 2012

PEITO ABERTO...

É engraçado como os caminhos da vida são imprevisíveis. É como um filme de Woody Allen. Cheio de imprevistos e indeterminações. Ou seria o inverso? Os filmes dele são a própria vida? Quem disse que a gente é quem determina o que a gente quer fazer? A gente pode ser um agente, mas há algo maior que põe uma cordinha e vai mostrando o caminho. Às vezes lutar é inútil, pois a finalidade está feita. Não adianta. Sempre vai ocorrer algo estranho. E a gente precisa de explicações e porquês. Então, me dá a mão e vamos embora. Já passou da hora e bebemos demais, Ninguém mais nos considera somente os velhos, os bêbados e os animais. Gastam-se tantas palavras por gastar, e agora os pobres podem se salvar. Não parece uma cena de filme de Woody Allen? Um casal de pessoas que se conhece numa festa qualquer, bebe demais e vai embora se lamentando da rejeição ou da falta de um amor?
E como se num impulso vital, ou seja, lá o que for, pra quem quiser acreditar, uma simples troca de olhar e parece que enxergamos a alma humana da forma mais simples. Vemos e compreendemos virtudes e defeitos, benesses e maldades. A alma nua e crua. E sem saber, parece que algo nos impulsiona pra querer estar com a pessoa. Parece acaso, mas ele não se aplica as coisas repetitivas e sempre a algo novo. E do nada se pegam e se levam porque se amam. Apesar de fingirem no inicio em meio as baladas bregas ouvidas e a ruindade da festa em que estavam. Mas as festas com baladas bregas podem ser canalizadores de sentimentos. Por que não? E vai nascer uma relação mutua de troca de experiências onde não vão deixar de se amar por pouca coisa. Um amor não se deixa assim.
Derretido, sentimental e puro. Assim que se sente. E não frio, distante e incompreensível. Deixar de amar não é normal. Até porque não se deixa de amar. Deixa-se de gostar, nunca de amar. Mais explicitamente, ou gosta-se ou não. Mas nunca se ama e deixa de amar. O amor é sempre perpetuo onde um dos dois estiver ele estará. Em cada passo, cada fala, cada sorriso, cada toque e cada gesto. Não se desama dando um mero tchau. E assim, como nos filmes de Woody Allen, não sei se atentaram, sempre há uma declaração. Todos dizem eu te amo. E de peito aberto. Pois somente assim é que o amor faz sentido...

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