terça-feira, 20 de setembro de 2011

PRA NINGUÉM...

Mais um dia nascia. Levantava-se da cama com a mente doida. Já faz muito tempo. Ao passo que tenta esquecer, sempre vêm à mente coisas que ela disse. Coisas tão gentis e que hoje não fazem sentido. Será mesmo que se sente algo por alguém? Ela se levanta em outra casa. Maquila-se, sem pressa, olha fixamente pro espelho, sua alma é como um iceberg. Ela não precisa mais dele. E nos olhos dela nada se vê. Nenhum sinal de amor ou lágrimas derramadas por ninguém. Um amor que poderia ter durado anos. Não fossem os percalços da vida. As peças que o destino prega na gente. Ás vezes nem sempre o que a gente deseja acabada acontecendo como a gente quer. As nuances da vida pairam no ar. Você fica apopléctico. Sua boca seca. O coração dispara tudo parece estar a favor, mas se dissipa num estalar de dedos. Você a quer você precisa dela, no entanto você já não acredita nela. Quando ela diz que seu amor já morreu, você pensa que ela precisa de você.
Mas é tudo falso. Não existe mais nada. Tudo aconteceu e nem se lembram mais. Está tudo tão frio agora. Nada mais será como antes. Sente alguns calafrios. Como poderia ter sido? Será que realmente se amavam? Ou era um tipo de sentimento falso, pra ninguém. Amor de verdade é algo palatável. Ou mentiras sinceras realmente acontecem? Pode-se gostar de alguém instantaneamente, ou somos egoístas ao ponto de mentir pro coração, pura e simplesmente pelo mero desejo? Onde fica o outro lado da porta? Um dia pode haver respostas? Se a luz se esconde atrás da estrelas o que faz brilhar o sol? O olhar repressivo dela ainda lhe causa asco. E as feridas estão curadas faz tempo. Mas, poderia ter sido diferente? Acasos não fazem parte do jogo. A vida segue.
Fica em casa, enquanto ela sai. Tem vontade de dizer a muito tempo que conheceu alguém, mas agora ela se foi e não precisa mais dele. O dia raiou. Enfim, ergue-se. Haverá um dia em que as coisas que ela disse encherão sua cabeça. E ele nunca conseguirá esquecê-la. E nos olhos dela nada verá nenhum sinal de amor por detrás de lágrimas choradas por ninguém. Num amor que poderia ter durado anos...





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