sábado, 1 de janeiro de 2011

Ainda Gosto dela... (Por Mateus Modesto)

O dia estava claro, embora uma brisa realmente fria passasse, dando certo aroma de dias nublados. Estava nervoso, os pensamentos iam e vinham na sua mente. Não sabia como algo tão simples podia deixá-lo tão desesperado e confuso, tivera tudo nas mãos e desperdiçara com um simples ato tolo... Ele mentiu... E magoou... Ela não merecia, mas não tinha pensado nisso no momento... Como ele se arrependia de ser tão impulsivo!
Como pudera ser tão grosso a ponto de fazê-la chorar, por algo tão banal... Um defeito dele... Só dele... Como não reparou antes... Que ela realmente importava-se com ele... Muito! Ás vezes, sequer dormia preocupada com o que poderia acontecer ao seu amado... Mas ele não sentia... Estava preocupado demais com sua própria escuridão
Não percebia o quanto ela era importante para ele... Não! Estava apenas confuso, ela era especialmente diferente de todas as outras, tinha um jovialidade, uma atenção, um louvor imenso, um ombro amigo, um afeto, um alento, enfim, era diferente de todas as outras a quem conhecera, não era perfeita, mas era tudo que ele sempre quis.
Então, levantou-se, secou ás lágrimas, e foi até a casa dela. Sentiu um leve medo... Não... Receio! Preocupava-se em ser repreendido, ou deixado de lado, mas sabia que poderia mudar o ocorrido... Claro, ambos erraram, mas ele escondeu tudo... Mentiu o que era pior... Sentia o peso da mentira sobre os ombros...
Era hora, então, olhou-a bem nos olhos e disse...
-Nós poderíamos ter feito tudo diferente... Mas devido a minha estupidez... Eu talvez tenha te perdido... Mas posso te provar o quanto te amo, porque descobri em você a razão da minha existência, o que realmente me mantêm vivo, é uma pena que eu tenha feito tantas futilidades antes de descobri isso... Mas agora estou sendo sincero, como nunca fui antes... Eu te amo!
Então, ela olha fixamente pra ele, e sente... “Ele parece estar sendo bem verdadeiro, posso sentir, devo dar-lhe mais uma chance Seu coração palpitou... Não teria outra vez...”.
E então ela disse:
-Eu não compreendo você mente pra mim, conta histórias fantasiosas, e depois vem pedir o meu perdão...
E ele triste disse
-Não era para ser, mas, infelizmente, a razão falou mais alto do que o coração, e eu não me contive..Tinha que fazer isto, mas vejo agora que errei, e não imploro o seu perdão, peço a sua compreensão...
-Eu entendo...
-Então, o que nos impede de recomeçar?
-Eu tenho a necessidade de compreender as coisas, por mais que isso seja impossível... Não é tão fácil perdoar sem entender por isso é tão difícil balbuciar diante de ti palavras inúteis, mas imprescindíveis, mas eu te perdôo
-Então, diz ele, podemos recomeçar o que nunca terminamos Pois a vontade foi sempre soberana...
-Como poderia negar o pedido... Eu também te amo...
-Eu também te amo...

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