segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A Razão

“Alguém um dia irá dizer se existe razão nas coisas feitas pelo coração?” Versos do musico e poeta brasiliense Renato Manfredini Júnior, ou simplesmente, Renato Russo (1960-1996). Poderiam ser aplicados á utilização da razão no nosso cotidiano. Quantas decisões dependem da dissociação do coração, sentimentalismo, em detrimento da lógica racional fria e direta. Quantas vezes nos deparamos com decisões a serem tomadas e suas conseqüências? Será que vamos acertar no fim das contas? Certo? Errado?
Vamos nos arrepender um dia, e, distante do orgulho, poderemos racionalizar melhor, ou apenas agir pura e simplesmente pela emoção? Ou agiremos com extrema passividade, impávidos, lívidos, inconscientes, absortos, tolos e imbecis? Quem é o juiz mor de nos mesmos? Temos sempre razão nas decisões? Ou viveremos atormentados pelo fantasma do arrependimento eterno?
São questões que não me atrevo, dentro da minha total insignificância responder. Gosto apenas de conjecturar. Pensemos: - O homem é dotado de livre arbítrio, ou seja, a capacidade de tomar decisões por si mesmo, baseado apenas na sua consciência e no modo como enxerga as coisas. Avaliações errôneas a partir de decisões abruptas podem incorrer em todo um futuro, seja ele pessoal ou profissional. Nem todo mundo é dotado do óbvio. Dizia Nelson Rodrigues (1912-1980) Dramaturgo carioca: - “Gênio, Santo ou Profeta é aquele que enxerga o óbvio”.
Portanto, não passamos de pessoas inseguras no fim das contas. Eu creio que existam pessoas mais arrojadas, desprendidas de medo da vida e suas conseqüências no seu destino - para quem acredita nele - claro, e, assim não têm preocupações com o risco de palavra, ação ou reação em forma de aborrecimento ou tristeza para com aqueles ditos fracos e inúteis, dotados de fobia das coisas, incapazes e desprezados por não saberem utilizar a grande concepção do século XXI, a razão.
Se os pormenores que levam á essa reação eu não sei explicar, tão somente divagar de forma inóspita, e não devo alongar-me no meu breve comentário a cerca de um dos males cruéis gerados pelo egoísmo humano, ou, pelo seu livre arbítrio, nada mais sendo que, a total exposição a miserável condição humana e seu flerte pelo “fatal”. “Obladi-Oblada life goes on bra... lá lá lá lá life goes on”...

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